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quarta-feira, abril 07, 2004

Sem portagem 

A vida faz lembrar o percurso de uma estrada mal assinalada, que toma direcções que desconhecemos. Não há placas a indicar o caminho, apenas alguns sinais que nos dizem que devemos abrandar ou ir mais depressa; que ali não podemos parar; que há perigo por perto e outras coisas, mas que não chegam para nos dar certezas da direcção a seguir.

Se nuns sítios essa estrada é mais larga, noutros é mais estreita. Tem cruzamentos e em cada um deles temos de decidir sobre o rumo que queremos seguir mesmo sem saber onde vai ter.

Na nossa viagem vamo-nos cruzando com muitas pessoas que também vão a fazer o seu caminho. Uns desviam noutros sentidos – às vezes reencontramo-los mais tarde – outros acompanham-nos por algum tempo, outros ainda, quando se encontram connosco, juntam-se a nós. Gostamos de os ter por perto e parece que eles também gostam.

E lá vamos seguindo a nossa estrada, umas vezes recta, outras mais sinuosa. Mais depressa ou devagar, mas lá vamos seguindo caminho.

Porque não há muitos sinais, os caminhos que percorremos, às vezes, não têm saída ou, de repente, damos conta que afinal não queríamos ir por ali, que nos enganámos na direcção.

Quando isso acontece, não podemos voltar atrás, porque na vida nunca se volta atrás. Então, temos de fazer uma espécie de “corta-mato”, seguindo por carreirinhos que nos levam novamente à nossa estrada. À principal. A única que sabemos, porque sim, que devemos percorrer.

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