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sexta-feira, abril 30, 2004

Kiss 

Keep It Simple, Stupid!

quinta-feira, abril 29, 2004

Limpezas 

"Arrumar o passado não quer dizer esquecer e, muito menos, apagar ou fingir que nunca existiu. Pelo contrário, arrumar quer dizer isso mesmo. Significa deitar mãos à obra, olhar para cada coisa, pegar-lhe com cuidado e atribuir-lhe, primeiro, uma importância e, depois, uma gaveta. Como um sotão que se arruma mantendo intactas todas as peças e, até, alguma da poeira que o tempo acumulou, Ninguém deve limpar o chão de um sótão antigo com baldes de lixívia e uma escova dura. Um sótão bonito e cheio de preciosodades arruma-se com muito cuidado, resistindo à tentação de varrer as sobras para um canto ou, pior, para debaixo do tapete. Separa-se o que não interessa ou já não tem utilidade e deita-se o lixo no lixo. É exactamente isso que devíamos fazer com o nosso passado. Separar o que não interessa, arrumar muito bem nas gavetas os pequenos e grandes tesouros e deitar o lixo no lixo. Só assim o passado pode dar futuro."

Laurinda Alves

terça-feira, abril 27, 2004

Regressámos felizes 

O fim de semana chegou ao fim da melhor forma possível. Começou com suspeitas, acabou com certezas. Foi muito bom! A companhia de amigos de há muito e outros de há menos mas que prometem ficar por muito. Calor e muito sol, tudo o que faz falta a que a praia se torne o local ideal para estar. Depois foram os que ainda não estiveram mas se anunciaram. Consta que o sol ainda não veio para ficar mas o cheiro da Primavera instalou-se e para mim, independentemente da chuva que pode vir, já faz mesmo bom tempo.

sexta-feira, abril 23, 2004

Bolo de aniversário 

Parabéns Francisco. Será hoje que tenho ocasião de jantar com o meu irmão? Ao menos nestas datas... Irmão desnaturado!

quarta-feira, abril 21, 2004

Como rezei 

Hoje rezei, como de costume, mas fi-lo de uma forma diferente do convencional. Cantei mentalmente uma daquelas canções que é uma oração. Fica o refrão:

Senhor ensina-me a viver
A dar e a receber
De Ti o que eu mereço
É tudo o que eu peço
Para continuar e poder caminhar
Para a frente.

Ilusões da noite 

Na mesma casa duas noites corriam ao mesmo tempo. Ela deitou-se e preencheu o espaço vazio ao seu lado na cama com os habituais: o urso Sonhos, a boneca Memórias e uma caixinha de fazer bolas de sabão a que há muito tinha dado o nome de Ilusões. A seus pés, num cantinho pequenino, ficava o dragão Medo. Esse já não costumava deitar-se ao seu lado.
Falava com os seus amiguinhos da noite porque aquele espaço destinado a outra companhia mais desejada, mais real, teimava em ficar desocupado noite fora, até à madrugada.
Divertia-se com eles. Falava com a Memória e fixava as bolinhas de sabão que saíam da Ilusões. O Sonhos brincava, acompanhando uma e outra, e aqueles momentos iniciais da noite passaram a ser agradáveis. O quarto ficava bonito.
Quando o vinha o Sono, um amigo de toda a vida, deixava-se levar por onde ele quisesse. Muitas vezes voltava a encontrar o Sonhos e a Ilusões. A Memória raramente via nesse passeio.
Começava a ficar com a sensação que gostava daquele lugar vazio na cama para o poder preencher com estes amigos. Eles tomavam cada vez mais o lugar de quem ali devia estar mas não queria.
Noutros lugares da casa corria outra noite. A noite dele, com os amigos dele. Fantasmas, pensava ela. Fantasmas maus que o retinham ali mas que ele via como se fossem flores de uma Primavera que não chegaria nunca porque eram de um Inverno tão bem mascarado que ele não percebia. Um Inverno que tinha proibido o Verão de vir depois dele, que teimava em estar presente as quatro estações.
Mas ele só via as flores e encantava-se com elas. Eram carnívoras e isso ele também não via. Estavam à espera da aproximação para fazerem dele a sua presa.
Ela, às vezes, arrumava os amigos num cantinho e levantava-se para lhe pedir que fosse ocupar o lugar que ainda era seu na cama. Ele insistia em ficar na companhia dos que considerava seus amigos.
Até quando iria ele preferir a companhia das flores, que afinal são carnívoras e não passam de fantasmas?

terça-feira, abril 20, 2004

Dia negro 

Há dias negros! Mas preto tão escuro...
Porquê, para quê?

Reflexão: não ligo muito mas constatei que a data de hoje se escrevia 20042004. Será por isto que o dia foi assim tão negro?

segunda-feira, abril 19, 2004

JURA 

Para ele que gosta tanto e está pieguinhas:

Jura que não vais ter uma aventura
Dessas que acontecem numa altura
E depois se desvanecem
Sem lembrança boa ou má
E por isso mesmo se esquecem

Jura que se tiveres uma aventura
Vais contar uma mentira
Com cuidado e com ternura
Vais fazer uma pintura
Com uma tinta qualquer
Que o ciúme é queimadura
Que faz o coração sofrer

Jura que não vais ter uma aventura
Porque eu hei-de estar sempre à altura
De saber
Que a solidão é dura
E o amor é uma fervura
Que a saudade não segura
E a razão não serena
Mas jura que se tiver de ser
Ao menos que valha a pena

Composição: Carlos Tê/Rui Veloso

O resto fica por conta da imaginação que neste cantinho não há som

Multa 

Vou vestir-me de polícia e mandar parar o tempo!

Então ainda não sabe que não pode correr a mais de um segundo por hora?!

Fly me to the moon 

Fly me to the moon
And let me play among the stars
Let me see what spring is like
On Jupiter and Mars
In other words hold my hand
In other words darling kiss me

Fill my life with song
And let me sing forevermore
You are all I hope for
All I worship and adore
In other words please be true
In other words I love you

Bart Howard


sábado, abril 17, 2004

Para ele 

Roses are red.
Violets are blue.
Sugar is sweet.
And so are you.

Anónimo

sexta-feira, abril 16, 2004

Ele é... 

Ele é como o chocolate:
- branco e preto;
- doce e amargo.
E eu gosto tanto...

quinta-feira, abril 15, 2004

Uma das minhas "manias" 

Gosto de manter o preço nos livros que compro. Aos meus amigos mais próximos peço sempre que não retirem o preço dos livros que me oferecem. Quando têm etiquetas exteriores, descolo-as para as voltar a colar no interior da contra-capa.
Anos depois gosto de saber quanto custou aquele livro. Os meus primeiros livros que mantêm o preço - ainda escrito a lápis no canto superior direito da primeira página - são os da Enid Blyton: Os Cinco, Os Sete, Mistério, Quatro Torres e Santa Clara... Eram tão baratinhos. 35$00 custaram os mais caros.
Os Patinhas, Mónicas e Cebolinhas já não tenho. Lixo era o destino que a minha mãe lhes dava depois de passado o tempo que ela própria considerava razoável para que eu tivesse "estudado" aquela literatura. Acho que não percebia bem a riqueza das histórias.
Os livros deviam ter mantido os preços de quando eu era pequenina. Manias!

Gracias! 

Consolo-me com esta nova decoração!
Podia ter sido a Salavisa – a única portuguesa que o teria feito assim – mas não! Foi a Eva(siva).
Foi ela a autora do “projecto”, a criadora do desenho. Além de escrever lindamente, tem um dom especial para decorar estes espaços.
Made in Spain! País de que tanto gosto.
Como eu não sei muito destas coisas e um homem em casa dá sempre muito jeito para pregar pregos e outras coisas, foi depois a vez dele. Não o identifico porque não quero que mo levem daqui. Ele não leva a mal… Sempre muito querido e disponível, tratou de pôr em prática o projecto da Eva e “arrumou” tudo, para que este “blog” ficasse assim bonito.
Há ainda umas coisinhas espalhadas pelo chão que, aos poucos, iremos pondo no lugar mas já está lindo. E não sou suspeita ao afirmá-lo. Não contribuí em nada. Rés de rés…
Foi um consórcio luso-espanhol que tratou, brilhantemente, deste cantinho.
A ele agradeço diariamente com muitos miminhos.
A ti:Eva: muchissimas gracias, ha quedado precioso.

terça-feira, abril 13, 2004

As empregadas do Hard Rock Cafe, de Lisboa 




Há qualquer coisa em comum a todas (ou quase todas) as empregadas do Hard Rock Cafe de Lisboa: são demasiadamente simpáticas! Devem ter o mesmo "PT" que nunca lhes deve ter dito que basta serem simpáticas.
Nada de alegrias a transbordar - que soa a falso. Afinal a função que desempenham não parece ser tão hilariante.
Nada de grandes e gorduchas pernocas à mostra - que fica mal. Só devia ser permitido usar mini-saias a meninas de perninhas bem feitas. A estética não é elástica.
E os penteados moderninhos das mocinhas também são de fugir.
Depois há também aquela parte em que se movem com um ar muito fresco e despachado a dar ao rabiosque e com a cabeça a abanar tanto que quase se solta do pescoço.
O pessoal fica assim com um ar pró-cosmopolita em falsete.
Tudo o que é em excesso é feio e mau.
Mas gosto de ir ao Hard Rock. Apesar do ar so hard da maltinha que lá trabalha, eu gosto!

Aún eres mío porque no te tuve 

Aún eres mío, porque no te tuve.
Cuánto tardan, sin ti,
las olas en pasar...

Cuando el amor comienza, hay un momento
en que Dios se sorprende
de haber urdido algo tan hermoso.
Entonces, se inaugura
-entre el fulgor y el júbilo-
el mundo nuevamente,
y pedir lo imposible
no es pedir demasiado.

Fue a la vera del mar, a medianoche.
Supe que estaba Dios,
y que la arena y tú
y el mar y yo y la luna
éramos Dios. Y lo adoré.

António Gala

segunda-feira, abril 12, 2004

Dame la mano, amor... 

Dame la mano, amor, que no podemos
descansar todavía.
Tendrás que recorrer conmigo el tiempo;
mira cuánta distancia hasta la nieve,
cuántos copos de tierra
para olvidar los ojos del pasado
y encontrar el mañana
con un beso en la boca.

Ya sé que estás herido;
que te fatiga
atravesar la noche
y tienes miedo
de que, al final,
nos aguarde tan sólo la tristeza.

Ya sé que te rendiste
muchas veces al sol que deshidrata
todos los corazones;
pero yo te he salvado
trayendo un fresco arroyo hasta tus venas.

Si no puedes con todo
te llevaré en los brazos.
Has visto que soy fuerte
y que puedo arrasar todo el abismo.

Mataré los jaguares si se atreven
a acercarse a nosotros.
Antes de que emprendiéramos el viaje
cogí todas las armas
que tú me regalaste
y me mentalicé para la lucha.

Puedo con el desdén de las anémonas,
con la desilusión
de todos los reptiles,
con la envidia mortal del aguacero.

Apóyate en mi hombro.
A mí nada me agota,
ni siquiera la lluvia.

"De este largo viaje hacia la lluvia"

Maria Luisa Mora Alameda ( España, 1959 )

quarta-feira, abril 07, 2004

Sem portagem 

A vida faz lembrar o percurso de uma estrada mal assinalada, que toma direcções que desconhecemos. Não há placas a indicar o caminho, apenas alguns sinais que nos dizem que devemos abrandar ou ir mais depressa; que ali não podemos parar; que há perigo por perto e outras coisas, mas que não chegam para nos dar certezas da direcção a seguir.

Se nuns sítios essa estrada é mais larga, noutros é mais estreita. Tem cruzamentos e em cada um deles temos de decidir sobre o rumo que queremos seguir mesmo sem saber onde vai ter.

Na nossa viagem vamo-nos cruzando com muitas pessoas que também vão a fazer o seu caminho. Uns desviam noutros sentidos – às vezes reencontramo-los mais tarde – outros acompanham-nos por algum tempo, outros ainda, quando se encontram connosco, juntam-se a nós. Gostamos de os ter por perto e parece que eles também gostam.

E lá vamos seguindo a nossa estrada, umas vezes recta, outras mais sinuosa. Mais depressa ou devagar, mas lá vamos seguindo caminho.

Porque não há muitos sinais, os caminhos que percorremos, às vezes, não têm saída ou, de repente, damos conta que afinal não queríamos ir por ali, que nos enganámos na direcção.

Quando isso acontece, não podemos voltar atrás, porque na vida nunca se volta atrás. Então, temos de fazer uma espécie de “corta-mato”, seguindo por carreirinhos que nos levam novamente à nossa estrada. À principal. A única que sabemos, porque sim, que devemos percorrer.

terça-feira, abril 06, 2004

NO ACTION DOES "ALOT" 

Há tempos, antes das férias de verão de 2003, recebi de uma amiga um mail muito simpático a desejar boas férias. Dizia mais ou menos isto:

NADA é uma prática inglesa muito conhecida que significa: No Action Does "Alot"

Boas férias para todos é o que desejo, com tanto de animação como de serenidade. Inspirem, respirem, transpirem (pouco), meditem, rezem, leiam, conversem, brinquem, riam, sorriam, comam (muito), andem, escrevam (e porque não?) e namorem muito.

E... já sabem pratiquem o NADA.

Faço minhas as palavras dela para estas curtinhas, mini (mesmo muito mini) férias que se aproximam.

Eu rumarei ao sul, em busca do sol, e sei que comigo irão milhares de portugueses.

Amor-Perfeito 

Sobre a flor: nome vulgar de plantas herbáceas da família das violácias, com variedades espontâneas e outras cultivadas (…)

Sobre o amor: sentimento que nos impele para o objecto dos nossos desejos, objecto da nossa afeição (…)

Sobre o perfeito: que não tem defeito físico nem moral.

Sobre o amor-perfeito: deve ser um amor, às vezes espontâneo, outras vezes cultivado, que nos impele para o objecto da nossa afeição e que não tem defeito físico nem moral.

E se uma abelhinha descuidada, ao poisar na flor, lhe danificar uma pétala ... Como fica o amor?


Paciência. Virtude ou defeito? Nem um nem outro. 

A todo o momento é-nos dito ou pedido – até exigido – que tenhamos paciência!
Paciência para esperar nas filas de atendimento ou de trânsito. Paciência para suportar a companhia de multidões no metro, para conviver com quem não nos agrada. Paciência para ultrapassar o sofrimento.
No final, parece que o que nos é pedido é que nos resignemos em deixar o tempo passar. Paciência, diz o dicionário, é “virtude que consiste em suportar os males ou os incómodos sem queixume e com resignação; qualidade de paciente (...)”.
Paciência tem a ver com a capacidade de cada um em se resignar, em se conformar ou tolerar e vem sempre associada a coisas menos boas. Para as boas não nos é exigida a dita paciência.
E que virtude, que qualidade, há em ser paciente?
E se pensarmos que paciência se reduz a aguentarmos uma situação que não desejamos, com a qual não nos conformamos e que podemos fazer alguma coisa para alterar?
Neste caso que virtude há em ser paciente?!
Melhor será que o dicionário deixe de conter este género de juízos de valor: virtude/defeito.

segunda-feira, abril 05, 2004

As palavras não estão aqui, estão lá... 

Há dias deparei-me com estas lindíssimas evasivas.
Recomendo uma visita demorada e completa. Como se fosse uma visita a um museu da arte das palavras e do bom gosto.

Mãos 

Tenho saudades daquelas mãos.
Recordo-me delas a cada dia que passa e, de há alguns dias para cá, relembro-as de formas especial.
Ajudaram-me a começar a andar, estiveram sempre ali para evitar as minhas quedas ao longo da vida. E quando, mesmo assim, eu caí ajudaram-me a levantar.
Fizeram-me os primeiros carinhos e fizeram-me sentir também a primeira dor.
Trouxeram-me o primeiro sentimento de amor.
Seguraram-me quando podia ter morrido e foram as que mais me aplaudiram.
Passeei por elas pelo mundo. Levaram-me a tantos sítios, que não me recordo de todos.
Com elas a orientarem o meu caminho, ia confiante a qualquer lugar.
Mesmo de longe deram-me força.
Eram fortes, vigorosas, sinceras, leais e sempre abertas para me receber e proteger.
Os primeiro e último gesto do dia eram também para mim.
Há muito tempo que não as sinto, mas delas ficou a memória.
Lembro-me da temperatura, do perfume, da pele macia, de tudo o que traziam em cada toque. Lembro-me dos dedos, das unhas cuidadas e brilhantes, da habilidade.
Usámo-las na despedida.
Sinto-lhes tanto a falta que, em determinados momentos, penso que não sei viver sem elas e peço que, onde estiverem, me apontem o caminho. Mas agora não as vejo nem as sinto e se as imagino, sofro.
Hoje precisava delas, chorei por elas!
Queria senti-las a passar no meu cabelo e a apontarem-me a direcção...

sexta-feira, abril 02, 2004

Testemunho público 

Gosto tudo de ti!


quinta-feira, abril 01, 2004

O Último Encontro 

(...) exprimia-se com uma erudição infalível que deixava o auditório sem fôlego (...) conferia às ideias uma força nova e às palavras um vigor novo (...) Minucioso, arrancava às palavras as raízes mortas, voltava a plantá-las e as raízes renasciam, vivas.
(...) Talvez soubesse comunicar com os outros, mas partilhar! Isso não sabia.

Catherinne Clément

Desafio:
De quem se fala?

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